segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Você leva seu cão à Praia?


Se leva, fique sabendo que esta é uma prática nada bem vista pelas autoridades sanitárias e pelos médicos veterinários de um modo geral. As razões para tanta preocupação dizem respeito aos acidentes que ocorrem em praias e outros locais públicos envolvendo animais que geralmente são levados a passear soltos e acabam por ferir alguém; à possibilidade de transmissão de doenças que podem afetar as pessoas e também pelo aspecto da própria saúde do animal, às vezes apresentando problemas pelo excesso de calor, ingestão de restos de peixes e crustáceos , areia ou água salgada.

Os acidentes são de prevenção relativamente fácil devendo apenas o proprietário do animal seguir certas recomendações como, por exemplo, sair sempre com o animal na coleira, evitar de levar animais bravos ou difíceis de controlar a locais onde brincam crianças ou transitam muitas pessoas. Já as Zoonoses (doenças transmitidas aos homens pelos animais) exigem para sua prevenção um certo grau de informações específicas, principalmente sobre o agente etiológico( organismo que causa a doença) e os modos de transmissão.

Abordaremos uma doença de pele que é transmitida por contato com locais contaminados por fezes de cães e gatos. Larva migrans cutânea, também conhecida com dermatite serpiginosa, é doença comum em nossa região e é provocada por larvas de Ancylostoma caninum (verme comum em cães e gatos) e que provoca erosões e pequenas elevações na pele em formato ondulante com muito prurido (coceira) e que se complicam freqüentemente com infecções secundárias.

As partes do corpo mais afetadas são os pés, pernas e mãos. As pessoas geralmente adquirem a doença por contato com areia ou terra contaminadas com fezes de cães e gatos portadores de vermes adultos. Juntamente com as fezes desses animais são eliminados ovos que, após alguns dias, eclodem liberando as larvas. Estas larvas são muito resistentes às ações do meio ambiente tais como calor, frio, umidade e seca e podem permanecer no ambiente até cerca de um ano.

As medidas de prevenção consistem na manutenção dos animais em condições higiênicas; realização de exames de fezes periódicos (no mínimo de 6 em 6 meses) para controle e tratamento dos casos positivos; evitar que os animais contaminem com fezes as áreas públicas como praças, parques, jardins e principalmente as praias.

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