Olá pessoal !! hoje eu vou compartilhar um trecho do livro '' divagações de Sissi' da escritora Sinara Foss. O que o livro tem haver com o blog é que ele é todo contado por uma cadelinha, e neste trecho, ela comenta sobre a carrocinha e a adoção de animais.
''Certa vez quando a sinara e a Claudia, a veterinária q nos dá vacinas e cuida de nós conversavam, ouvi q elas falavam de uma tal de carrocinha. Não sei quem é essa carrocinha, ela nunca esteve aqui, mas pelo o que eu entendi, ela é muito má, pois manda uma camionete pegar os cachorrinhos de rua, esses q não tem donos e levá-los á um tal de canil, lá nesse canil, os cachorros são mortos todas as sexta feiras. Jesus! Não dá para acreditar! Deixa essa carrocinha entrar aqui no pátio para ver o que é bom para tosse.
A tia da sinara mora perto do canil e conta que escuta sempre os latidos dos cães de segunda a quinta, nas sextas feiras, eles cessam totalmente.
Sinara contou para Cláudia – e eu ouvi tudo já que estava deitada aos pés delas – que esteve nesse canil. Ela contou que, de longe, antes de chegar, já ouvia o latido triste dos cachorros. Uma dor de tristeza tomou dela por não poder fazer nada para ajudar. A vontade dela era soltar todos. Chegando lá, conversou com um rapaz chamado Tadeu, que cuidava e ele lhe mostrou o local: quatro pequenas jaulas cheias de cães tristes e abandonados. O rapaz, de bom coração, pensou que a sinara tinha ido lá para adotar um deles. Sorriu triste quando ela disse que não, que tinha ido lá apenas para conhecer o local.
Sinara contou que, na primeira jaula, havia uma cachorra do meu tamanho com três filhotinhos mamando, na segunda, outra cachorra com manchas pretas e pelo curto, maior, e com três filhotes também; na terceira jaula, uns seis cachorros crescidos e implorando para sair. Na quarta, outros maiores pedindo, mendigando por ajuda pelos olhos tristes. Nesta jaula, um cachorro preto peludo agarrou-se as grades, olhando-a nos olhos e percebendo que ela tinha compaixão por eles.
Na terceira jaula, um cachorrinho do meu tamanho chamou a atenção de Sinara. Ele, triste, olhava o horizonte perguntando-se o que ele havia feito para merecer isto.
Sinara conta que chorou muito e que viu, sobre umas das mesas na frente das jaulas, várias injeções descartáveis ao lado de uma caixinha, com tubinhos do veneno letal que aplicavam nos animais todas sextas feiras.
Fiquei tão triste com o assunto, em saber que existe gente assim tão má, que saí de perto e fui me sentar em outro lugar. Sei que existem essas maldades, mas não quero saber se tem gente assim em nossa cidade e eu não posso fazer nada. Não existe outra maneira? Porque isso é feito? Porque isso é permitido?
Tenho esperanças de que, contando o que eu sei, contando as nossas histórias e conversando com vocês sobre essas idéias, eu já estarei fazendo alguma coisa. E é assim, se cada um fizer um pouquinho, tudo vai se ajeitar. Eu faço a minha e você faz a sua.
Sei que algo deve ser feito para conter o aumento de gatos e cachorros na rua, mas não concordo com essa matança desumana. Penso que deveria ter uma conscientização da população. As pessoas deveriam se conscientizar de que, para que não haja um numero maior de cachorros e gatos nas ruas, deveria haver uma castração em massa. Um mutirão de empresas deveria ter feito e os veterinários poderiam cobrar mais barato a castração. Assim, pouco a pouco, a coisa se resolveria, sem necessidade de extermínios.
Algo bem relevante a ser feito é que, ao invés de comprar animais de estimação, as pessoas deveriam adotar os cachorrinhos que já nasceram ao invés de estimularem o comércio de animais, deveria haver campanhas ‘’ adote um amigo’’ para cachorrinhos e gatinhos sem donos. Bicho de estimação não é comércio. Bicho de estimação é amor, amizade, companheirismo. Não precisa de raça para se ter um amigo.
Ouvi-as comentando aqui que há pessoas que ganham a vida comercializando filhotes, essas pessoas tem cachorros de raça pura e fazem as fêmeas procriar e procriar, quanto mais filhotes, mais dinheiro.
Eles nem respeitam o tempo necessário para fêmea se recuperar entre uma cria e outra, e a ganância faz com que a cachorra tenha mais e mais filhotes. Ao invés de comprar, adote, lembre-se que não precisa se comprar um amigo.
Mas, se existe quem comercializa, é porque existe quem compra, as pessoas devem entender que raça não é sinônimo de amizade e companheirismo. O que querem ao pegar um cachorro? Um amigo, um companheiro, ou querem mostrar aos outros que podem pagar o preço daquele filhote caro de raça? O que elas querem mesmo é ostentar que tem dinheiro, dizer que pagaram tanto, que podem pagar, e não um amigo de verdade’’
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
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5 comentários:
Oieee que blog maravilhoso parabens fabi gata saudades de vc viu um enorme bjao \o/ to te seguindo tambem he he
Que interessante! Eu estava procurando comentarios sobre o livro Divagações de Sissi e encontrei esse blog! Muito obrigada!! Só pra comentar que em Abril, dia 22 será lançado o livro 2 da coleção EM BUSCA DE UM MUNDO melhor, iniciado com o DIVAGAÇOES DE SISSI. o Livro 2 é Aventura de Sissi e sua turma no Futuro, onde Sissi e sua turminah de caes e gatos entram na lareira da casa onde moramos e vao parar em 2050 e encontram o mundo totalmente mudado.
Divagações de Sissi deveria ser distribuido em todos as escolar (particulares e estaduais) deste Brasil, assim, sem dúvidas, teriamos um mundo melhor para nós, nossos filhos e nossos animais.
que legal!
Também li Divagações de Sissi e adorei! Agora quero ler Sissi no Futuro, ver o que essa turminha vai aprontar...
Beijos!
Realmente o livro é muito legal!! Ao menos pude compartilhar com meus leitores(as) um trecho desta obra.
Assim que puder, vou ver se consigo um trecho do Sissi no futuro para vcs!! :)
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